OUTONAL
Eu julgo que nunca ninguém há-de
Ver poema tão belo como a árvore.
(.....................................................)
Os tontos, como eu, fazem poesia;
Uma árvore, só Deus é que a fazia.
(Joyce Kilmer- Versão de Herculano de Carvalho)
As folhas dos plátanos castanhas
que a meiga luz do Outono faz brilhar
escrevem sobre o chão coisas estranhas
que só a brisa sabe decifrar.
São os sutis segredos das montanhas,
segredos que puderam escutar
quando, da terra ainda nas entranhas,
eram oculta seiva a germinar.
Segredos sobre as fontes da harmonia,
da beleza, da paz, da suavidade
que às ramagens trouxeram lá do fundo,
talvez para que o Homem possa um dia,
despido de arrogância e brutidade,
sentir pulsar o coração do mundo.
Renato de Azevedo
Eu julgo que nunca ninguém há-de
Ver poema tão belo como a árvore.
(.....................................................)
Os tontos, como eu, fazem poesia;
Uma árvore, só Deus é que a fazia.
(Joyce Kilmer- Versão de Herculano de Carvalho)
As folhas dos plátanos castanhas
que a meiga luz do Outono faz brilhar
escrevem sobre o chão coisas estranhas
que só a brisa sabe decifrar.
São os sutis segredos das montanhas,
segredos que puderam escutar
quando, da terra ainda nas entranhas,
eram oculta seiva a germinar.
Segredos sobre as fontes da harmonia,
da beleza, da paz, da suavidade
que às ramagens trouxeram lá do fundo,
talvez para que o Homem possa um dia,
despido de arrogância e brutidade,
sentir pulsar o coração do mundo.
Renato de Azevedo